quinta-feira, 27 de novembro de 2008

TEIA - Pequena grande amostra da diversidade brasileira



O conceito de pesquisa por amostragem determina que não precisamos tomar uma panela de sopa para saber qual é seu gosto, ou seja, uma colherinha com um bocadinho é capaz de demonstrar o sabor de alguma coisa. Porém quando o assunto é a cultura brasileira, uma amostra é muito pouco. A Diversidade do Brasil é maravilhosa. Formas e fazeres, artes e artistas, pensadores e pensamentos, multiplicidade e pluralidade, misturado e tudo junto no grande Encontro Nacional de Pontos de Cultura, que nos deram uma perspectiva da imensidão cultural deste nosso País. Isto que foi o Teia 2009.
Com o tema “Iguais na Diferença”, o encontro reuniu 23 Estados, 670 delegados do II Fórum Nacional dos Pontos de Cultura e 664 convidados para a Mostra Artística. Maracatu, música Clássica, funk, ópera, mestres grios, hip hop, frevo, roda de viola, artes plásticas, software livre, artes cênicas, boi bumba, circo, audiovisual, ciganos, tradições, novas tecnologias, tradições seculares, diversas tribos indígenas, entre outras dezenas de manifestações, culturais, artísticas, étnicas, religiosas, numa pequena mostra da cultura brasileira, derrubando fronteiras entre os que fazem
No total, estiveram envolvidas 1778 pessoas, entre participantes e equipe de produção no 3º TEIA. No Conjunto Cultural da República, onde se concentraram a maior parte das atividades do encontro, a média de público circulante foi de aproximadamente 2 mil pessoas ao dia, entre artistas, convidados e delegados, acompanhando as atividades e programação paralela.
O ponto mais alto da programação foi o cortejo de toda esta diversidade rumo à Praça dos Três Poderes para uma "re-proclamação da república através da cultura", reconhecendo o papel estratégico da cultura na construção de uma nova sociedade brasileira, mais justa, fraterna, humana, solidária.
Se na proclamação da República, no dia 15 de novembro de 1889, até o Marechal Deodoro da Fonseca, um dos pilares do movimento, por estar doente, não participou efetivamente do processo, o que dirá do povo brasileiro, que dormiu monarquia e acordou República, não sabendo das mudanças do Brasil, ou seja, viu a historia passar pela janela.
Em 2009, 119 anos depois, o povo estava na rua, fazendo uma grande marcha no encerramento do TEIA, pela defesa da cultura e do maior patrimônio do nosso Brasil, que é sua diversidade.
Assim, todo potencial transformador da cultura, defendido por Bené Fonteles no manifesto TEIA, possa romper as barreiras de quem faz popular e quem pensa erudito, através de uma arte solidária e responsável, capaz de invadir o imaginário do outro e criar novas formas poéticas de libertar e iluminar o mundo, que não tenha medo de dialogar com o confronto x conflito social brasileiro, no diálogo inspirador dos artistas com os educadores, construtores e facilitadores de uma Cultura de Paz, seja ela, ecológica, educacional, econômica, política e espiritual. Abraços a todos e todas, que já provaram, mesmo que em dose a conta gotas, toda a pluralidade de nosso país.

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