É impressionante como na rotina maluca, corriqueira, individualista e competitiva, nunca reparamos nada, não damos importância àquelas partículas de coisas que nutrem com fervor o nosso dia-dia vago e delineado. A realidade triste é que aprendemos a conviver com certas lógicas previamente concebidas desde que somos crianças, e no desabrochar inerte da vida acreditamos ser tudo e todos, daquele jeito miúdo e desprovido de detalhes.
Outro dia me peguei desatento reparando na fechadura do meu quarto, a sensação que tive fora incrível, pois desde que nasci convivo com ela e nunca parei para observá-la, imaginem quantas milhares de vezes já a toquei, sem se quer senti-la. Depois de algum tempo pensando nisso, cheguei a inevitável conclusão de que somos programados para ver somente o que nos causa estranheza, tendo de imediato o impulso emburrecedor de sair distribuindo e colando rótulos e mais rótulos no próximo, sem antes olha-lo mais calmamente de perto.
Por mais que as pessoas insistam em confundir o sentido dos verbos ver e olhar, as sensações e efeitos que ambos causam são completamente diferentes, podemos olhar para o céu e não ver nada, e às vezes duas pessoas olhando para a mesma coisa vêem algo que se contradizem (pinturas abstratas são exemplos disso). Eça de Queiroz em um de seus livros exemplifica muito bem essa questão, uma vez que são varias as coisas que interferem diretamente na nossa visão esboçada de mundo, por exemplo, uma pessoa que fora criada em um lugar x, por força das circunstâncias terá uma percepção de vida diferente de uma outra pessoa criada em um lugar y, é como se a pessoa com um nível de informação relativamente alto olhasse tudo com o auxílio de um de microscópio, obtendo assim um foco maior, enquanto uma outra pessoa com um nível de informação relativamente baixo, olhasse a maioria das coisas e fatos a olho nu.
Para combater os diversos tipos de pré-conceitos existentes na sociedade, uma das alternativas é repassar todo tipo de informação válida para frente, formando uma corrente informativa, pois o pré-conceito nada mais é do que a falta de informação a respeito do outro e uma ausência real de conhecimento mutuo, ou seja, do outro e de si mesmo, sendo assim a forma mais coesa de abstrair-se dessa lógica discriminatória, é olhar o outro com o auxilio de um microscópio, para ver de fato as mínimas características e os seus mais ofuscados detalhes, que são incidentemente camuflados pelos estereótipos.
Diante disso deixarei uma simples dica ao caro leitor, quando você com seu instinto discriminatório cismar de ter uma opinião a respeito do próximo, que seja no mínimo um conceito formado depois de um conhecimento mais dotado de proeminência, e não um tolo pré-conceito sem embasamento algum, apenas um reflexo cego de seus próprios erros, defeitos e frustrações, que por hora refletem nos espelhos internos do eu.
Bruno Roger - Coordenador Executivo do Grupo COEXISTA
Outro dia me peguei desatento reparando na fechadura do meu quarto, a sensação que tive fora incrível, pois desde que nasci convivo com ela e nunca parei para observá-la, imaginem quantas milhares de vezes já a toquei, sem se quer senti-la. Depois de algum tempo pensando nisso, cheguei a inevitável conclusão de que somos programados para ver somente o que nos causa estranheza, tendo de imediato o impulso emburrecedor de sair distribuindo e colando rótulos e mais rótulos no próximo, sem antes olha-lo mais calmamente de perto.
Por mais que as pessoas insistam em confundir o sentido dos verbos ver e olhar, as sensações e efeitos que ambos causam são completamente diferentes, podemos olhar para o céu e não ver nada, e às vezes duas pessoas olhando para a mesma coisa vêem algo que se contradizem (pinturas abstratas são exemplos disso). Eça de Queiroz em um de seus livros exemplifica muito bem essa questão, uma vez que são varias as coisas que interferem diretamente na nossa visão esboçada de mundo, por exemplo, uma pessoa que fora criada em um lugar x, por força das circunstâncias terá uma percepção de vida diferente de uma outra pessoa criada em um lugar y, é como se a pessoa com um nível de informação relativamente alto olhasse tudo com o auxílio de um de microscópio, obtendo assim um foco maior, enquanto uma outra pessoa com um nível de informação relativamente baixo, olhasse a maioria das coisas e fatos a olho nu.
Para combater os diversos tipos de pré-conceitos existentes na sociedade, uma das alternativas é repassar todo tipo de informação válida para frente, formando uma corrente informativa, pois o pré-conceito nada mais é do que a falta de informação a respeito do outro e uma ausência real de conhecimento mutuo, ou seja, do outro e de si mesmo, sendo assim a forma mais coesa de abstrair-se dessa lógica discriminatória, é olhar o outro com o auxilio de um microscópio, para ver de fato as mínimas características e os seus mais ofuscados detalhes, que são incidentemente camuflados pelos estereótipos.
Diante disso deixarei uma simples dica ao caro leitor, quando você com seu instinto discriminatório cismar de ter uma opinião a respeito do próximo, que seja no mínimo um conceito formado depois de um conhecimento mais dotado de proeminência, e não um tolo pré-conceito sem embasamento algum, apenas um reflexo cego de seus próprios erros, defeitos e frustrações, que por hora refletem nos espelhos internos do eu.
Bruno Roger - Coordenador Executivo do Grupo COEXISTA
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